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domingo, 5 de dezembro de 2010

O pega das 125cc. Agora é com você!

O segmento de mercado das motos de 125 cilindradas é extremamente atrativo em termos de volume de vendas e os modelos das duas principais marcas do Brasil, Honda e Yamaha, ainda são considerados os mais adequados para se colocar em trabalho, embora a própria Honda e outros fabricantes estejam oferecendo atraentes ofertas em motos de 150 cilindradas.
As motos de 125 cilindradas da Honda e da Yamaha podem não ser muito requintadas, nem possuir muitos acessórios, mas são consideradas as mais robustas e confiáveis na hora de enfrentar o árduo trabalho diário de entregas expressas, carregamento de pequenas cargas e transporte de pessoas como moto-táxi. Também são tidas como as mais econômicas para quem busca somente ir e vir entre casa, trabalho e escola.
Toda essa fama tem razão de ser, pois lá se vão algumas décadas que esses fabricantes vêm desenvolvendo e aprimorando seus produtos para as peculiaridades do mercado brasileiro. As motos de 125 cilindradas da Honda e da Yamaha dispensam grandes explicações e apresentações: de cara são tidas como boas.
Mas qual será a melhor entre essas duas guerreiras?
A definição de melhor pode englobar vários critérios. Vamos aqui explorar apenas alguns.
HONDA CG 125 FAN KS
e YAMAHA FACTOR YBR 125 K

Para efeitos comparativos, pegamos as duas versões de entrada de linha dos modelos em questão: a Honda CG 125 Fan KS e a Yamaha Factor YBR 125 K, ambas com partida apenas por pedal e sem freio a disco, as mais básicas e baratas de cada marca.
ESTILO
Embora simples e despojadas, as duas agradam no estilo que adotam, mas bem que podiam ser mais modernas. A CG 125 Fan está visualmente igual faz bastante tempo, mas assumiu uma nova rabeta que lhe conferiu ares mais esportivos e, na verdade, é quase a mesma antiga Titan.
A Factor, por sua vez, caiu bem no gosto brasileiro. Lançada em 2008, as aletas laterais do tanque lhe proporcionaram um aspecto um pouco mais encorpado e moderno. O paralama dianteiro é mais esportivo, o suporte cromado do farol dá um pequeno toque extra de elegância e a ponteira do escapamento é mais estilosa. Nas duas, o painel de instrumentos é simples, mas o da Factor tem hodômetro parcial a mais do que o da Honda.
DESEMPENHO
A CG 125 Fan recebeu o mesmo comando OHV que era da Titan, e sua potência máxima é de 11,6 CV para um peso (seco) de apenas 108,9 kg, ou seja, possui uma relação peso/potência de 9,4 kg/CV enquanto a Factor YBR 125 tem potência máxima de 11,2 CV com peso de 110 kg, relação de 9,8 kg/CV. Parece pouco, mas acelerando é possível perceber que a Honda é um pouco mais “despachada”, parecendo pedir para levantar mais o giro do que a moto da Yamaha, a qual, por sua vez, parece render melhor em baixos regimes, arrancando e retomando velocidade ligeiramente melhor e com menos vibração.
CONSUMO
No “tranco” das cidades engarrafadas, cheias de faróis, freadas bruscas e retomadas rápidas de velocidade, as duas apresentam consumo bem próximo, variando entre 30 e 36 Km/litro. É difícil precisar qual é a mais econômica em condições reais de uso, mesmo em contato com vários motoboys não há um senso predominante sobre esse critério.
ROBUSTEZ, CONFIABILIDADE E MANUTENÇÃO
Por outro lado, no tocante à confiabilidade da moto, durabilidade e custo de manutenção, o mesmo contato feito com os motoboys revelou uma predileção pelo modelo da Honda. A maioria alega que a CG 125 Fan estraga menos e, quando estraga, a disponibilidade de peças é maior e o valor destas menor. É compreensível receber esse retorno, pois, afinal de contas, a CG 125 Fan vende mais unidades do que a Factor YBR 125, portanto pode desfrutar de uma melhor economia de escala na produção de seus componentes e, ainda, tem uma rede de revendas maior, sendo, com efeito, mais facilmente encontrada pelo Brasil.
CICLÍSTICA
As duas motos são leves e ágeis. A altura do assento ao solo é a mesma nas duas, 780 mm, mas a CG sugere ser um pouco mais esportiva, enquanto a YBR se revela mais confortável. Na YBR a postura de conduzir é mais ereta, pois o guidão é mais elevado e o posicionamento da pedaleira é um pouco mais avançado. Já o garupa se sente melhor na CG, pois o assento para este é um pouco mais elevado e as alças são mais fáceis de serem agarradas; o acompanhante pode dispor de mais visibilidade e melhor firmeza.
Chassi, suspensão, freios e pneus são praticamente iguais e não chegam a fazer diferença entre uma e outra.
PREÇO
A moto da Honda é mais barata, tendo preço sugerido (base São Paulo, sem frete, seguro ou impostos) de R$ 5.140 contra
R$ 5.600 da Yamaha, são R$ 460 menos. É claro que este preço é maior na concessionária e os valores das duas motos para o consumidor podem chegar iguais ou muito próximos, dependendo da cidade ou das concessionárias em que uma pesquisa de preços for feita. De qualquer forma, a regra geral é encontrar a CG com menor preço, suficiente para quase pagar o licenciamento da moto ou para instalar bagageiro e bauleto para uso no dia a dia.
CONCLUSÃO
A definição de melhor sempre tem uma aspecto subjetivo bastante forte quando são avaliados dois produtos de qualidade muito próxima. No final das contas, o que acaba prevalecendo mesmo é o gosto pessoal mais inclinado para uma do que para outra. Mesmo assim, se pode constatar que:
• a Honda CG 125 Fan KS tem como principais pontos de destaque o menor preço de aquisição e manutenção e uma maior robustez e confiabilidade. Características apropriadas para uso profissional;
• A Yamaha Factor YBR125 K leva vantagem no estilo, no conforto e no desempenho em baixos regimes, mais comuns no tráfego urbano. Essas qualidades lhe fazem ser um pouco mais apreciável para um uso alternativo ao transporte público.

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