By francisluz // Destaque, Ducati, Notícia //
Apresentada como estrela no Teatro Carcano, erguido em 1881 no centro de Milão, a nova motocicleta é uma aposta ousada da fábrica italiana. “A Diavel é, sem dúvida, nosso lançamento mais inovador para 2011”, falou orgulhoso o diretor geral da Ducati, Claudio Domenicali.
Famosa por suas esportivas, a Ducati entra no segmento custom prometendo conforto e desempenho, aliado a uma ciclística ágil. “Até agora nenhum modelo reuniu essas características em uma única moto”, admitiu Domenicali. O departamento de design da Ducati garante ter conseguido.
Criou a Diavel com um avantajado trem dianteiro e uma traseira minimalista para encaixar o esportivo propulsor de dois cilindros em “L” no tradicional quadro em treliça da fábrica de Borgo Panigale. Desenho que causa estranheza ao primeiro olhar. Tem-se a sensação de que a Diavel acaba abruptamente. Mas estranho mesmo é a Ducati aventurar-se em novos segmentos.
Uma das motivações para se arriscar em um novo segmento foi o sucesso da Multistrada 1200, apresentada em 2009. A primeira big trail da marca italiana, recheada de tecnologia, superou as expectativas de vendas, admitiu Gabriele Del Torchio, presidente da Ducati. “Nossa estratégia é sermos especialistas no segmento de motos esportivas, enquanto trabalhamos para desenvolver produtos inovadores. Isso nos permite expandir nossos negócios para novos mercados como a Diavel”, disse Del Torchio.
DESEMPENHO
No coração da diabólica Ducati está o motor Testastretta 11°, derivado dos potentes motores esportivos da marca, mas adaptados para uma entrega mais suave de potência. O motor de dois cilindros em “L” (um V a 90°) e 1.198,4 cm³ produz 162 cavalos de potência máxima (a 9.500 rpm) e colossais 13 kgfm de torque máximo. Com esses números o motor pode até ser mais manso, mas não perdeu o desempenho característico dos motores italianos.
Equipada com acelerador eletrônico (ride-by-wire), a Diavel ainda conta com tecnologias como três modos de pilotagem (Sport, Touring e Urban) e controle de tração (Ducati Traction Control) de cinco níveis. Praticamente o mesmo pacote tecnológico da Multistrada 1200.
O câmbio de seis marchas precisou ser feito em materiais mais resistentes para transferir toda a “força” do motor para o enorme pneu traseiro de 240 mm. A Ducati ainda equipou o novo modelo com uma embreagem deslizante para aliviar os trancos no conjunto de transmissão. A transmissão final é feita por corrente.
CICLÍSTICA
O quadro em treliça, segundo a Ducati, garante rigidez a torções enquanto assegura menor peso e tamanho compacto. O monobraço traseiro construído em liga de alumínio é bastante longo e resulta em uma distância entre-eixos de 1.590 mm, o suficiente para proporcionar estabilidade nas retas.
Em conjunto com as suspensões — garfos Marzocchi de 50 mm de diâmetro, na frente, e amortecedor Sachs posicionado horizontalmente, atrás — garante maneabilidade e inclinações de até 41° em curvas. Qualidades que só poderão ser conferidas na prática, afinal apesar de todo o frisson em torno da Diavel, ainda não foram feitos testes dinâmicos pela imprensa internacional.
Para parar os 210 kg a seco da Diavel, a fábrica italiana não economizou. Optou pelas pinças monobloco da grife Brembo com quatro pistões para “morder” os dois grandes discos de 320 mm de diâmetro na dianteira. Atrás, um disco de 265 mm com pinça de pistão duplo, também da Brembo. Para completar, sistema antitravamento (ABS) da Bosch.
As rodas de 17 polegadas (3,5 de largura na dianteira e 8 na traseira) são calçadas com os novos pneus Pirelli Diablo Rosso II, nas medidas 120/70 (frente) e 240/45 (atrás).
ESPECIAL
A nova Diavel deve chegar ao mercado somente no primeiro trimestre do próximo ano. A primeira versão comercializada será a Diavel Carbon, com diversos itens de acabamento em fibra de carbono. Nos Estados Unidos, a Carbon deverá custar em torno de US$ 20.000 (cerca de R$ 35.000 sem taxas e impostos). Já o modelo standard sairá por US$ 17.000.(por Arthur Caldeira)
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