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quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Transporte acessível

Por R$ 3 990, a Suzuki GS120 é o modelo de entrada da marca japonesa
 A motocicleta já é um dos meios de locomoção mais baratos que existe. Apenas abicicleta ou as próprias pernas reduziriam mais ainda os custos de locomoção, mas são incomparavelmente mais lentos. Até o transporte público, dependendo do trajeto, pode ultrapassar os custos de se deslocar de moto, além de também ser mais vagaroso. 
De olho no público iniciante nas duas rodas, a Suzuki introduziu recentemente no país a GS120, uma das motocicletas mais baratas do mercado. Apenas veículos menores (50 cm³ ou menos) ou de marcas menos tradicionais têm preço inferior. Entre as japonesas ela é a mais em conta do ponto de vista financeiro. E como preço não define qualidade, podemos dizer de antemão que a GS120 consegue levar tranquilamente seu condutor ao destino. E com conforto. 
Sim, a GS é uma moto modesta, mas, apesar disto, conta com certos itens que seriam considerados “luxos” para a categoria. Um painel com indicador de marchas, lampejador de farol alto, hodômetro parcial, trava de guidão no contato da chave e até um botão corta-corrente. Detalhes que não são encontrados em alguns modelos muito mais caros. 
 Em meio aos caminhos urbanos, a pequena moto de 107 kg se saiu bem. Ela trafega pelo trânsito parado com a leveza de uma bicicleta. O assento com altura de 766 mm e o corpo estreito facilitam muito colocar os pés no chão, ótima pedida para iniciantes e pessoas com estatura baixa. Não faltou fôlego para acompanhar o tráfego até os 60 ou 70 km/h. Subidas não foram um problema, mas com o banco do garupa ocupado ela sofreu um pouco.  
 O motor de 113 cm³, que gera 8,43 cv, satisfaz, ficou dentro do esperado considerando sua capacidade. A partida a pedal foi um ponto que deixou claro a simplicidade do projeto, mas funcionou perfeitamente durante o teste, nem mesmo com a moto fria foi difícil fazê-la pegar. Isto demonstrou também o bom funcionamento do carburador. 
O câmbio invertido de quatro marchas é bem escalonado, o único problema é para aqueles que estão acostumados com motos convencionais. Na GS120, a marcha seguinte é sempre selecionada com um toque para baixo no pedal, enquanto as reduções são feitas com um toque para cima ou um toque de calcanhar na parte posterior do pedal. Foram muitas as vezes que engatei a 4ª ao parar em um semáforo ou a 1ª quando queria passar para 3ª... mas a pequena Suzuki sobreviveu bem aos trancos. 
Agora aos pontos negativos. Rodando na velocidade máxima, 90 km/h indicados no painel, ela não se manteve perfeitamente estável, qualquer toque mínimo no guidão era o suficiente para fazê-la inteira chacoalhar, retraindo um pouco a confiança do condutor. Os freios também deixaram a desejar. Mesmo considerando que são a tambor, faltou um tato melhor. É preciso calcular bem as distâncias de frenagem. 
Quando conduzida sobre a buraqueira das ruas paulistanas, percebemos que as suspensões são muito macias e que a moto tende a balançar e saltar, mas as molas traseiras contam com 5 níveis de ajuste da pré-carga, que ajuda a encontrar a melhor posição.  O consumo de combustível obtido em nosso teste foi modesto, ficou na casa dos 37 km/l. Somado ao tanque de 9,2 litros, a autonomia ultrapassa os 300 km.
Importante: esqueçam rodovias ou estradas com limite de velocidade superior a 100 km/h, a GS não passa dos 90 e se sente mais a vontade abaixo dos 80 indicados no painel. Até porque o projeto dela não foi pensado para tal uso.
O modelo vem de fábrica com um pequeno suporte traseiro para o transporte de objetos, item muito útil no dia a dia. Há ainda uma versão cargo voltada para entregadores, com encaixe para um grande compartimento. O modelo está disponível em 5 cores: branco, azul, vermelho, cinza e preto e o preço sugerido é de R$ 3 990.
Concluindo, podemos dizer que a GS 120 oferece um conjunto robusto, confiável, completo e satisfatório pelo preço. Se você procura um meio de locomoção prático e barato e não precisa encarar rodovias, esta é uma boa opção.  



Redação Motociclismo / Julio Rosenfeld
Imagens Rodrigo Zaim / Divulgação

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